Irmãos(ãs), eis que se inicia a Quaresma, tempo de penitência e reflexão. Assim como o povo de Israel caminhou durante 40 anos no deserto, para adentrar na terra prometida, Deus nos espera de braços abertos para adentrar renovados para a sua Igreja.

A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro, qual seja a Páscoa de Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus «de todo o coração» (Jl 2, 12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor.

Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com esta espera, manifesta a sua vontade de perdão (cf. Homilia Santo Padre o Papa Francisco, 8 de janeiro de 2016).

Razoável se faz neste tempo, que perguntemos a Deus o que Ele quer de nós, o que precisamos nos penitenciar e rever em nossa vida, em nossas atitudes para buscarmos nos aproximar dele, não somente praticar penitências corporais: como alimentos ou bebidas, porém buscar nos penitenciar em nossas atitudes perante a Deus, ao próximo e a nos mesmos.

Na Quaresma precisamos pedir a Deus através de jejum e oração, a graça de nos reconciliar com Ele “É Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: RECONCILIAI-VOS COM DEUS!”(II Cor 5,20) e com os irmãos “Se alguém disser: Amo a Deus, MAS ODEIA SEU IRMÃO, é MENTIROSO. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, É INCAPAZ DE AMAR A DEUS, a quem não vê” (I Jo 4, 20).

E a melhor forma de exercitarmos esta reconciliação com Deus é através dos Sacramentos, buscar um sacerdote e confessar os nossos pecados. Tal atitude nos leva a aproximar de Deus em um encontro único, entre a criatura com o Criador, assim também como a Eucaristia que nos concede a força necessária para nos aproximar cada dia mais de Deus.

Através da santa comunhão, conseguimos também a força necessária para buscar esta reconciliação com os irmãos. Por fim, que neste tempo quaresmal, possamos buscar tanto pedir perdão para nossos irmãos, como também dar o perdão a aqueles que necessitem, de modo que cumprindo a nossa parte, caminhemos em direção do altar do Senhor com o coração livre.

Que o Espirito Santo nos guie a viver uma santa Quaresma! “Do pó viemos ao pó retornaremos” (Gn, 3, 19).

Bruno Arantes (Ministério de Comunicação /R.C.C – Diocese de Jataí)